Bioarquitetura: entenda como aplicá-la aos seus projetos em 2024.

Bioarquitetura

Talvez você ainda não saiba o que é bioarquitetura. Mas você tem visto, nos últimos anos, a valorização dos empreendimentos desenvolvidos com a preocupação de reduzir impacto ambiental e poupar recursos naturais, certo?

Esse movimento global que se firmou como tendência, adicionou ao vocabulário dos profissionais de arquitetura e construção uma série de novas palavras. Podemos citar termos como greenbuilding, selos verdes, permacultura e, é claro, bioarquitetura.

Assim, no post de hoje vamos dar ênfase a este último vocábulo. A ideia é te mostrar como a bioarquitetura é um conceito amplo que pode ser aplicado a todo tipo e porte de obra.

Seleção de matérias-primas

Realizada na Europa pelo menos desde os anos 1970, a bioarquitetura nada mais é do que aplicar um conceito bem elementar na concepção e na construção de edificações. Ou seja, a preservação ambiental e da vida no planeta em seus diversos ecossistemas.

Sob o guarda-chuva “bioarquitetura” estão as construções ecológicas, as construções sustentáveis e as bioclimáticas (adaptadas ao clima). Da mesma forma, estão aquelas erguidas com base na sabedoria milenar dos povos orientais e ocidentais.

Ao criar uma edificação tendo como base a bioarquitetura, o profissional de arquitetura deve mudar seu modo de especificar. A escolha por tecnologias, técnicas construtivas e materiais deixa de estar restrita à análise de aspectos técnicos e estéticos. Assim, nesse tipo de concepção, ela passa a considerar, também, todo o ciclo de vida útil e a cadeia produtiva dos materiais.

Ou seja, a bioarquitetura pressupõe uma visão ampla e criteriosa sobre os materiais e tecnologias.

A forma de desenvolver o projeto de bioarquitetura também passa a ter outras prioridades. Isso porque um dos princípios da bioarquitetura é o aproveitamento passivo dos recursos naturais (luz solar, ventilação e microclimas) e a obtenção da eficiência energética do edifício. Ou seja, visando, por exemplo, à redução do consumo de energia elétrica para ar condicionado.

Com relação ao design, de modo geral, a bioarquitetura privilegia o uso de formas orgânicas e naturais. São construções que se assemelham e, em muitos casos, se misturam aos ambientes naturais onde estão inseridas.

Princípios básicos da bioarquitetura

Você pode estar se perguntando. Como aplicar tudo isso na prática? Será que a bioarquitetura é viável?

Você ficará surpreso ao perceber que é muito fácil utilizar os princípios da bioarquitetura em projetos de diferentes tipologias e dimensões.

Pense, por exemplo, nas possibilidades de aproveitar as características climáticas de cada região para gerar conforto térmico, acústico e lumínico. Isso não é difícil, certo?

Ou então, em dar preferência ao uso de materiais/soluções e mão de obra regionais.

Um ponto em comum nos projetos concebidos sob a égide da bioarquitetura é o entendimento de que é preferível optar por fornecedores instalados próximos do local da obra. Afinal, dessa maneira reduz-se a poluição gerada nos processos de transformação da matéria-prima e a emissão de gases no transporte até a obra.

A bioarquitetura costuma privilegiar matérias-primas como terra, pedra, areia, argila, fibras naturais, bambu, pau a pique, adobe (terra crua) e cimento queimado.

Mas não é só isso.

Outro princípio da bioarquitetura é buscar o equilíbrio entre as tecnologias contemporâneas disponíveis e a arquitetura vernacular. Ou seja, aquela que aproveita os materiais naturais e a cultura local.

Em outras palavras, não é preciso abrir mão do conforto para viver em uma edificação sustentável e ecológica. Um exemplo desta combinação está na instalação de placas fotovoltaicas nas edificações para prover energia limpa.

Podemos citar, também, as coberturas verdes, cada vez mais aproveitadas nas grandes cidades.

Você sabe que a cobertura ajardinada costuma apresentar excelente capacidade de controle termoacústico, além de estimular a biodiversidade e melhorar a qualidade do ar, certo? Por isso mesmo, novas tecnologias que viabilizem a construção de telhados verdes em edifícios novos ou já construídos são muito bem-vindas quando a ênfase é na sustentabilidade.

Diretrizes do projeto de bioarquitetura

Resumidamente, são diretrizes que orientam o projeto e a construção de edificações sob a óptica da bioarquitetura:

  • Eficiência e redução de desperdícios na construção. Preferência por sistemas modulares;
  • Pouca movimentação de terra;
  • Análise do ciclo de vida dos materiais, com preferência às matérias-primas renováveis, retornáveis, recicláveis e reutilizáveis (4Rs);
  • Preferência por materiais ambientalmente certificados;
  • Redução de materiais tóxicos e que consomem muita energia para serem produzidos, como PVC, alguns tipos de tintas e revestimentos sintéticos;
  • Aproveitamento de luz e ventilação naturais para garantir conforto ao usuário;
  • Preferência por materiais e mão de obra local;
  • Aproveitamento da arquitetura vernacular sempre que possível;
  • Gestão eficiente do uso de água durante a operação da edificação. O uso de sistemas para aproveitamento de águas cinzas, por exemplo, é fundamental;
  • Controle e gestão da emissão de resíduos. A reciclagem e o reuso são fortemente incentivados pela bioarquitetura, incluindo o uso de biodigestores;
  • Uso de energias renováveis, como a fotovoltaica;
  • Valorização da permacultura.

Por que apostar na bioarquitetura, afinal?

  • Esse tipo de construção tende a ser mais saudável, já que não utiliza materiais que emitem contaminantes ao ambiente interno e externo
  • A construção também tende a ser mais salubre. Isso porque realiza boas trocas de ventilação natural, insolação adequada e isolamento térmico
  • Esse tipo de construção tende a ter uma operação mais econômica por aproveitar energia renovável e minimizar o consumo de água através da captação de água da chuva
  • Além disso, pode proporcionar aos usuários maior interação com a natureza, contribuindo para o bem estar
  • É melhor para o meio ambiente e para a preservação das gerações futuras.

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